28 de maio de 2011

"Os avós já foram crianças"

No âmbito do nosso projecto "As histórias da História" e em parceria com a Biblioteca Municipal e a Santa Casa da Misericórdia de Mafra implementámos a actividade "Os avós já foram crianças do projecto Com(Vida).
assim recebemos na nossa sala um grupo de idosos que nos contaram como eram as brincadeiras das crianças no seu tempo, como eram os brinquedos, e muitas outras coisas relacionadas com o dia-a-dia.
Ficámos muito surpreendidos quando uma idosa nos contou que tinha uma boneca de cartão e um dia decidiu dar-lhe um banho. Conseguem imaginar o que aconteceu?







Como forma de agradecimento pela disponibilidade demonstrada lemos, aos nossos convidados, algumas das lendas por nós recolhidas, ilustradas e organizadas em forma de livro.



















Por fim, realizámos jogos tradicionais e lanchámos todos juntos.




Aprendemos que nós as crianças, os adultos e os idosos devemos "Dar as Mãos, Dialogar e Respeitar" para fortalecer a relação escola/família/comunidade.

Lendas do concelho de Mafra

Ao longo do 2º período fomos recolhendo lendas do nosso concelho.
Finalmente, está tarefa esta concluída.
Aqui ficam algumas das lendas por nós recolhidas:

Casal do Abade
Segundo a lenda ainda hoje existe um prédio em ruínas onde vivia uma velha muito rica que era a ama de um abade.
Dizem que o rei D.João V quis comprar o Casal do Abade e como a velhota não quis vender, o rei ofereceu-lhe um barrete cheio de ouro.
A velhota sorriu e disse ao rei que lhe pagava dois barretes cheios de ouro se ele não lhe comprasse o Casal.
O rei ficou admirado com a coragem da velhota.

O Frade Comilão
Antigamente, em Mafra, todos os anos, era costume fazer-se uma grande caçada. Depois as pessoas iam comer. Entre essas pessoas estavam reis, príncipes, princesas e frades. E entre estes havia um frade que comia até ter de se desabotoar todo. Todos os anos era a mesma coisa.
Ora no fim do banquete faziam um brinde ao rei. E num desses banquetes houve alguém que fez queixa ao rei do frade comilão. O rei pensou, pensou até que teve uma ideia. No ano seguinte, depois da caçada ,veio o banquete e à hora do brinde o rei levantou-se e disse:
-Dou a honra de fazer o brinde àquele frade aqui presente.
O frade para não se por de pé, com medo de verem como estava disse:
- Para fazer o brinde ao rei só de joelhos.
E assim o frade comilão fez o brinde ao rei sem as pessoas verem como ele estava.

A Moura Encantada
Ao cair do Sol, passava um trabalhador rural por uma das grutas das muitas existentes ao longo do caminho do Paúl, Carvoeira, que segundo a tradição pertenceram aos mouros quando deparou com uma linda rapariga a pentear-se. Entrou em conversa com ela e a certa altura pediu-lhe um beijo. Ela respondeu-lhe que lhe satisfaria o pedido, mas só no dia seguinte se ele por ali passa-se à mesma hora. O homem, todo contente prontificou-se a fazê-lo.
No dia seguinte, quando, conforme o combinado se encaminhava para a entrada da gruta deparou com uma enorme serpente que falava e lhe pediu o beijo prometido na véspera. Ele repugnado afastou-se negando-lhe o beijo.
A cobra então disse-lhe:
-Dobraste o meu encanto por isso pouco tempo terás vida.

Lenda de Fonte Boa da Brincosa
Conta-se que um homem morador em Fonte Boa da Brincosa (Mafra) sonhara dois dias consecutivos que alguém lhe dizia o seguinte:
-Vai à ponte de Santarém e lá encontrarás o teu Bem!...
Perante a insistência, o homem decidiu partir a caminho de Santarém.
Quando lá chegou, não sabendo o que fazer, começou a andar na Ponte de um lado para o outro, esperando alguma inspiração. Um transeunte achando tal comportamento muito estranho, abeirou-se dele na tentativa de saber o que se passava. Ao ficar inteirado da situação respondeu-lhe:
-Não seja tolo! Sonhos são sonhos! Eu também ando há três dias a sonhar que alguém me diz:
- Vai à Fonte Boa da Brincosa e num curral de uma cabra, por debaixo de uma laje, encontrarás um tesouro. Ora acontece, que eu não sei onde fica essa terra, nem nunca ouvi falar nela.
O Homem de Fonte Boa ouvindo isto calou-se muito bem calado, voltando para casa, a toda a pressa, para procurar o tesouro. No local indicado lá estava, de facto, uma grande panela cheia de libras.

Lenda da Venda do Pinheiro
Conta-se na minha terra que há muito tempo atrás, havia o estranho costume de nos prados e campos verdes semeados de árvores floridas se esconderam ovos de chocolate e de açúcar escondidos também entre as ervas verdes e viçosas.
Quando soavam os sinos, os rapazes e raparigas até aproximadamente sete anos corriam em busca dos ovos e quem achasse mais ovos seria o Príncipe da Páscoa. O Príncipe tinha de procurar todos os ovos não achados até os encontrar a todos.

Lenda de Santo Isidoro
Contam as gentes que um dia bem longe no passado, já o santo patronava naquelas paragens, o trigo morria nos campos, à míngua das chuvas que o céu se não decidia enviar. Desesperados, os aldeões procuravam a ajuda do seu santo patrono, prometendo-lhe logo ali que, se o maravilhoso dourado das espigas voltasse a ondular nos campos quase secos, fariam uma festa de arromba, distribuindo aos quatro ventos parte da desejada colheita. Adiantando a promessa, levaram a imagem do santo em procissão por toda a localidade.
Como por milagre logo as primeiras chuvas caíram e ensoparam a terra.
A colheita desse ano foi tão grande, que as arcas se encheram.
A festa prometida não foi esquecida. Ao 4º dia do mês de Abril, realiza-se uma grande festa em honra de Santo Isidoro.
A Festa dos Merendeiros.

O nome de Monte Bom
Num pequeno monte habitava uma família pobre. Certa vez, um menino adoeceu e os pais chamaram o médico. O médico mandou, que em vez de gastarem tanto dinheiro nos medicamentos, que o seu filho se expusesse todos os dias ao ar livre ,no monte.
Assim foi. O menino curou-se.
Então as pessoas deram a esse monte o nome de Monte Bom.

Lenda da Póvoa da Galega
Nos princípios do séc. XVI estabeleceu-se na Póvoa uma senhora originária da Galiza, que vivia na quinta hoje chamada do “Bom Sucesso” , a qual ocupava, então , todo o centro da localidade .
Esta, além de muito rica, era dotada de grande formosura , pelo que os moços dos arredores vinham à Póvoa ver a galega.
Daí , derivou o nome da Póvoa da Galega, originalmente denominada S. Gião.

Lenda de Santo Estêvão das Galés
Conta-se que, quando se pretendeu construir a Igreja em honra de Santo Estêvão, o quiseram fazer no vale, entre o sítio das Cruzinhas e o lugar de Monfirre, mas a imagem do Santo, que o povo ali colocava, desaparecia para, o dia seguinte, ser encontrada no alto, onde, hoje, a Igreja se eleva.
Tantas vezes este facto se repetiu que o povo, já desesperado, passou a correr o Santo à pedrada, para o vale, sem, contudo, nada conseguir, pois ele voltava sempre a aparecer no alto, até que, vencida a teimosa do povo, o templo foi construído no local da sua predilecção.
Então, o Santo, todo cheio de bondade, transformou as pedras em pães e ofereceu-os aos seus apedrejadores, o que deu origem à instituição da interessante festa dos Merendeiros que data de tempos remotíssimos e, como já dissemos, se realiza em dia de natal, véspera da sua festa litúrgica.

O Pedreiro de Fornos
Era uma vez um pedreiro que fazia fornos para cozer o pão e os fornos que ele fazia eram todos redondos. Sempre que o chamavam para fazer um forno ele ia todo contente. Ele é que tinha feito quase todos os fornos ali da vila.
Um dia, embebedou-se e quando o chamaram para fazer um forno, como tinha bebido, começou a fazer o forno à sua volta. Quando acabou é que reparou que estava fechado lá dentro. Tiveram de ir lá homens com picaretas para tirar o pedreiro de dentro e o forno teve que ser feito de novo.

Lendas do Carvalhal
O diabo em figura de porco
Era uma vez uma linda igreja que ficava num alto. As pessoas que lá iam ouviam roncar dentro da igreja e pensando que eram o diabo foram falar com o sacristão. Este também lá foi ver e também ouviu roncar.
Todos na aldeia diziam que era o diabo. Então, resolveram chamar o padre que morava um pouco distante da igreja. Quando o padre chegou ouviu roncar e disse para o sacristão:
- Olha, eu vou abrir a porta e depois tudo o que eu disser tu repetes- Assim seja, senhor prior, assim seja.
O sacristão disse que sim. Mas quando o padre abriu a porta, o porco que estava farto de lá estar saiu a correr. O padre que estava à entrada da porta foi a cavalo no porco porque este passou por baixo das suas pernas.
O padre todo aflito gritou:
-Ai que me leva o diabo! Ai que me leva o diabo!
O sacristão ouvindo-o dizer aquilo respondeu:
- Assim seja, assim seja.

O Rouxinol Vaidoso
Na rua do Sabão havia rouxinol muito vaidoso. Todas as manhãs de sol ele ia tomar banho ao rio para ser o rouxinol mais bonito, ali da rua do Sabão. Na do Sabão havia um rouxinol muito vaidoso. Todas as manhãs ele ia tomar banho ao rio para ser o Rouxinol mais bonito, ali da rua do Sabão.
Naquela manhã, as lavadeiras tinham estado a lavar roupa muito suja e por isso a água estava suja. O rouxinol foi lá tomar banho e ficou todo branco.
Quando percebeu que estava todo branco escondeu-se atrás de uns juncos.
Os outros rouxinóis, quando o viram, riram-se e troçaram dele. Então, foi para junto da escola esperar que tocasse a sineta para dizer aos meninos como estava e pedir que o pintassem.
Os meninos pintaram-lhe as penas.
O Rouxinol agradeceu-lhes muito e disse-lhes:
- Nunca mais vou tomar banho! Nunca mais quero ser bonito!
Assim foi, o Rouxinol nunca mais foi tomar banho ao rio e os outros nunca mais troçaram dele.

Lenda da A-da-Perra
No tempo de D. João V, vivia na Tapada de Mafra uma velha senhora. O rei um dia disse-lhe que queria que ela saísse dali. Em troca dava-lhe uma terra noutro lugar.
A velha, porém, recusou-se a fazer a vontade ao rei. Este não ficou nada satisfeito, e um dia zangou-se com ela.
A velhota vendo que tinha de sair do local que tanto gostava, pôs como condição que o rei lhe desse uma terra de onde visse o Convento de Mafra. Quando a Senhora saiu da Tapada conta-se que o rei exclamou:
-A velha é Perra!...
E foi assim que a terra onde ela foi morar se passou a chamar A-Da-Perra.

Lenda da Achada e da Paz
Era uma vez, um rei que vivia no Convento de Mafra. Um dia a rainha fugiu de casa e, quando o rei deu por isso, foi logo procurá-la.
O rei procurou, procurou até que a achou e disse:
-Aqui, achei a rainha. Esta terra vai passar a chamar-se Achada.
O rei levou a rainha para casa, mas foram durante todo o caminho a discutir.
Num determinado local fizeram as pazes. Então o rei disse:
-Aqui, fiz as pazes com a minha mulher. Esta terra vai passar chamar-se Paz.
E assim a Achada se chama Achada e a Paz se passou chamar Paz.

A lenda do príncipe encantado
Diz a lenda que há muitos, muitos anos no Palácio da Quinta da Cerca, em Mafra, vivia uma Princesa.
Um dia, ao fazer um passeio ao pôr-do-sol encontrou um pastor que guardava o seu rebanho, junto de uma ponte que, ainda hoje existe perto do cemitério.
A princesa apaixonou-se pelo pastor, mas ele já tinha a sua amada. A menina desesperada, foi consultar o feiticeiro da corte que prometeu um feitiço para se transformar, o pastor, em serpente.
Diz-se que, ainda hoje, todos os dias à meia-noite o pastor na pele de serpente, vem para cima da ponte dar-lhe um beijo para pôr término ao seu encantamento.

O nome de Mafra
Conta-se que a filha do rei Mouro, chamado Magfara, por ter desobedecido ao pai foi transformado em Moura Encantada e condenada a habitar uma cova nas proximidades da Vila Velha. Talvez dá o nome de Mafra.
Ou que…
Certo dia o diabo passou por Mafra, mas sentido o seu clima pouco agradável não se demorou e seguiu até á Paz. Encontrado, ai uma temperatura mais amena, voltou-se para trás e exclamou:
-Tu és Má e Fria! Má e Fria!
Desde esse dia começaram a chamar-lhe Mafria e com andar dos tempos passou a ser Mafra.

A Lenda do Arquitecto
Conta lenda que há muitos anos atrás andava no mar perdido a deriva um senhor que era arquitecto.
Vendo-se perdido, pediu aflitivamente a nossa senhora que o salvasse tendo prometido que se isso acontece lhe mandaria erguer duas capelas, uma no sitio mais baixo do concelho de Mafra , de onde não se avistasse chaminé e outra no sitio mais altos do mesmo concelho .
A primeira terá sido construído no Arquitecto outra na serra do Socorro.

A Porca e a Ninhada de Pintos

Contam os antigos que em certas noites, no caminho do Sobreiro para a Arrebenta, sempre no mesmo sítio, aparecia uma porca.
Este local era chamado Areal, por aí serem frequentes, na altura, os assoreamentos de areia.
Aparecia uma porca com uma ninhada de pintos. Alguns dizem mesmo
que por vezes se dava o contrário: surgia uma galinha com uma ninhada de porquinhos.

Os Carrilhões

São um conjunto 92 sinos e pesam cerca de 217 toneladas.
Foram encomendados por D. João V, numa cidade de Antuérpia.
São considerados os melhores do mundo.
Há quem diga que quando D. João V soube quanto teria que pagar (400 contos) por um jogo de carrilhões de um relógio para uma das torres, terá respondido:
-“Não supunha que fosse tão barato. Quero dois.”

Ratos gigantes e túneis
Muitas são as lendas acerca do Palácio de Mafra. A mais popular é a da existência de ratazanas enormes, capazes de comer pessoas.
Diz-se que o túnel existia um túnel que ligaria o Convento de Mafra à Ericeira, e que o rei D. Manuel II teria escapado por aí para o exílio.
Embora exista, o túnel não passa da Vila de Mafra, tendo sido construído para escoar os esgotos do Palácio.

A Caranguejola
D. Maria Pia, visitava frequentemente o Palácio de Mafra, tendo mandado construir um elevador com acesso do rés-do-chão ao terceiro piso.
Foi considerado o primeiro elevador em Portugal e podia transportar até dez pessoas e ao qual comummente se chamava de “ caranguejola”.

Desta recolha resultará um livro que cada uma de nós levará para casa para mais tarde recordar.

"Uma cegonha em apuros"

Uma vez mais, a professora Telma convidou-nos para ouvirmos uma história.
Desta vez ouvimos as aventuras de "Uma cegonha em apuros" da escritora Margarida Fonseca dos Santos.






Para além da história, tivemos oportunidade de ficar a conhecer um pouco mais sobre a escritora que vai visitar a nossa escola e contar-nos alguns contos.

Bolo de iogurte

Um bolo acabadinho de fazer sabe sempre bem.
Para tal reunimos os ingredientes e colocámos mãos à obra.
Partir os ovos, pesar a farinha, remexer.
Juntar o iogurte e o óleo, remexer.
Bater as clara em castelo e voltar a remexer.
Barrar uma forma com manteiga e levar ao forno.
Esperar, esperar e espreitar.
Por fim, barrar com chocolate e comer.
Uma delícia!



Cantinho para os Pais...

"Porque crescer também serve para descobrir se a verdade nos desperta para os outros ou se eles nos utilizam para adormecerermos em nós." Eduardo Sá

"Não o amo por ser bom,... mas por ser meu filho!" Tagore